23/09/10

Insegurança

Sinto-me esgotada, sinto-me desorientada, sinto-me inquieta, sinto-me perturbada, sinto-me desassossegada, sinto-me angustiada, sinto-me insatisfeita, sinto-me sinto-me sinto-me! Não sei porque, mas neste instante alcanço tudo de mal e nem um pouco de realidades boas. Recuso-me a sentir assim, tenho vontade de ser feliz, desejo saber que sim e saber a verdade.
Quanto mais se aproxima, mais eu me sinto constrangida, não sei o que imaginar, o que fazer ou mesmo o que sentir. Não sei se me sinto competente para conservar uma ligação à distância, não hei-de suportar este temor, esta mágoa dilata a cada dia que passa e ele ainda nem se ausentou, mas na verdade é como se já o tivesse feito. A nostalgia cada vez é maior e o tempo mais curto, há ocasiões que me apetece gritar ou lacrimejar, pois em vez de usufruir o tempo restante, só se sabe gastar.
Possuo demasiadas certezas, mas não me quero fundamentar unicamente nelas, a paixão está aqui e não abdico dela, mas durante a época em que essa criatura residir noutro universo que não o meu, muita coisa pode modificar e esse é um dos meus maiores pavores.
Porque coabitar num mundo onde ele nunca subsiste está fora de questão!

15/09/10

Raridade

Passei por carências, por angústias e melancolias, cheguei ao ponto de me questionar se eu teria algum problema, não conseguia perceber porque é que não alcançava a felicidade. Passei instantes bons sozinha, independente e satisfeita. Mas agora eu sei que apenas estava à espera da figura certa! Aquele dia notável, onde a importância ficou imediatamente, fiquei idiota e só tinha desejo de conversar com tal ser, e quando menos acreditei aquilo era uma sensação mútua, daquele que me fazia gracejar a cada segundo.
É ele, é ele que me faz sorrir, que me faz arrepiar quando me toca, quando me beija e quando simplesmente respira. Que eu sei que com ele tenho tudo e lhe dou tudo, é com ele que eu reparto os meus receios, as minhas fragilidades e os meus sentimentos. Pois, é mesmo ele!
Depois de tanto sofrimento eu jurei não “amar” mais ninguém, mas hoje, hoje não há condição, vejo-me coagida a quebrar esse meu juramento. Sinto-me incomodada por saber que ele se vai embora, por pouco tempo que seja, uma semana sem ele é complicado, tenho pavor, tenho muito medo que algo suceda na nossa relação, tenho terror que o nosso sentimento atenue, que se perca pelos ares forasteiros, não quero sentir aquele aperto no coração, não quero sentir o meu coração pequenino. Preciso dele a meu lado para curar todas as minhas feridas. Porque é ele que me faz bem, e que o vai fazer por muito tempo!
Comecei a escrever por amarguras e hoje escrevo por amor!