Sinto-me esgotada, sinto-me desorientada, sinto-me inquieta, sinto-me perturbada, sinto-me desassossegada, sinto-me angustiada, sinto-me insatisfeita, sinto-me sinto-me sinto-me! Não sei porque, mas neste instante alcanço tudo de mal e nem um pouco de realidades boas. Recuso-me a sentir assim, tenho vontade de ser feliz, desejo saber que sim e saber a verdade.
Quanto mais se aproxima, mais eu me sinto constrangida, não sei o que imaginar, o que fazer ou mesmo o que sentir. Não sei se me sinto competente para conservar uma ligação à distância, não hei-de suportar este temor, esta mágoa dilata a cada dia que passa e ele ainda nem se ausentou, mas na verdade é como se já o tivesse feito. A nostalgia cada vez é maior e o tempo mais curto, há ocasiões que me apetece gritar ou lacrimejar, pois em vez de usufruir o tempo restante, só se sabe gastar.
Possuo demasiadas certezas, mas não me quero fundamentar unicamente nelas, a paixão está aqui e não abdico dela, mas durante a época em que essa criatura residir noutro universo que não o meu, muita coisa pode modificar e esse é um dos meus maiores pavores.
Porque coabitar num mundo onde ele nunca subsiste está fora de questão!